20 de janeiro de 2013

Nós poderíamos estar bem.

Poderíamos estar juntos. Poderíamos terminar esse domingo frio e chuvoso, comendo uma pipoca, largados no sofá e assistindo um dos nossos filmes sagrados do final de semana. Mas por quê não estamos? Você deve pensar ” pela sua teimosia de sempre” ou então ” pelo seu jeito impaciente de sempre”. Vá em frente, pense isso. E eu pensarei que você é um idiota e orgulhoso, que não me ama o suficiente e por isso, não estamos juntos… Mas ambos estaríamos errados. Você disse que era o errado, repetia isso, e tudo que eu tinha que dizer era que eu era a errada e tudo terminaria bem, certo? Ou então, na minha concepção, você deveria dizer que é o errado, e aí sim tudo terminaria bem… Mas ainda sim, ambos estaríamos errados. E era só isso que deveríamos ver. Que nossa porra de orgulho, sim, porra de orgulho, acabou com o pouco tempo que temos juntos. Olhe pra você, olhe pra mim. Longe um do outro… Por nada. ”O que você ganha com isso?” eu lhe perguntei. ”O que você ganha com isso?” você retrucou. Mas a verdade é que nada ganharíamos, pelo simples fato de ganhar algo ser o nosso objetivo.. E não é disso que se trata. Não se trata de ganhar, se trata de se amar. Se trata de que… Foda-se se nós fossemos perder cara, nós perderíamos juntos. Nós perderíamos um pro outro, e isso que é bom. Pelo menos, de alguma forma, ainda seria nós dois essa noite. Dois perdedores apaixonados, mas seriamos nós. Entende o que eu quero dizer? Você foi embora, e ganhou sua consciência dizendo a você que eu era a errada, você era o certo. Eu deixei você ir, porque minha consciência dizia que você era o errado, e eu era a certa, mas no final da noite, vamos ser só nós e nossa consciência, que no fundo no fundo, é uma perdedora também. Ah, perdemos nossa noite… E perdemos um pedaço do nosso amor… Preferia dizer que perdi um pedaço do meu orgulho, e até mesmo um pedaço de mim, mas teria orgulho de dizer que o perdi pra você. Que é você que o tem. Não gosto de ser a errada, e obviamente você também não, mas… Me diz amor, por quê não podemos ser errados, juntos?

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