16 de fevereiro de 2013

Sina de amar.

Mas foi amor, não foi? Foi amor quando eu fiz coisas que você nunca sonharia em fazer por mim. Foi amor quando eu te fazia cafuné até você adormecer no meu colo. Foi amor quando eu me preocupava com você dia e noite, noite e dia. Foi amor quando eu pensava que não haveria vida sem você. Foi amor quando eu dormia pensando em você, e sentia aquelas famosas ''borboletas no estômago'' quando eu lembrava do seu toque, do seu beijo.
Eu sei, é uma pergunta idiota, considerando tudo. Mas percebi esses dias, que amor não se trata de quanto tempo você fica ao lado da pessoa, nem a quantidade de presentes você a deu no dia dos namorados, nem que sempre foi você que se lembrou dos aniversários do namoro, nem nada do tipo. Quero dizer, amor é algo maior. Amor é sacrifício, é mudança, é reparação de erros. Amar faz parte da evolução do ser humano, afinal, é uma das poucas vezes que temos que sair do nosso pequeno mundinho e olhar para os sentimentos e interesses dos outros. Mas o problema é exatamente isso. Acho que essa regra, sempre, só valeu para mim. Eu sempre fiz mais por todos, e por quê? Aliás, para que?
Eu pensava que não seria nada se não tivesse você ao meu lado. Mesmo que eu lutasse mais, sacrificasse mais. Eu queria ter você. Mas hoje vejo, que de tanto querer ter você eu me perdi. Me deixei de lado. Deixei de lado meus interesses, meus sentimentos. Eu fui nós dois. Respirava nós dois. Vivia por nós dois. Mas hoje só vejo que de tanto fazer, nada ganhei. E de tanto querer ganhar, me afundei. Não adianta dizer que não farei mais nenhum sacrifício por quem amo, pois amar é comigo mesmo. Fazer coisas para deixar quem eu amo feliz sempre foi o meu maior prazer e acho que isso nunca vai sair de mim. Mas sim, preciso acordar. Preciso perceber que também mereço sacrifícios, e provas de amor, e amor. Muito amor. Ah, eu mereço. E como mereço.
E por mais que o meu corpo doa, meu coração pese, minha cabeça enlouqueça e minha vida caia na rotina da solidão, eu vou sobreviver. Sabe por quê? Porque eu tenho a mim. E isso basta. Tem que bastar.

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